O presidente da Região de Múrcia, o popular Fernando López Miras, pediu esta sexta-feira a preparação de um novo pacto nacional pela água a nível estadual que aborde questões como a manutenção das transferências de corrente, a criação de novas interligações de bacias, a dessalinização ou regeneração de água urbana. Tal como referiu após um encontro com Pedro Sánchez no palácio da Moncloa, este assunto deverá ser discutido na próxima conferência de presidentes regionais, que terá lugar na Cantábria, em dezembro. “Há água suficiente em Espanha, mas está mal distribuída“, destacou antes de denunciar que a população de Múrcia paga muito mais pela água do que o resto dos cidadãos espanhóis.
Como sublinhou López Miras, a seca continua a ser um dos principais problemas em Espanha, especialmente em zonas mediterrânicas como Múrcia, Andaluzia e Catalunha. Neste sentido, lembrou que embora as reservas espanholas ultrapassem os 50%, no seu território não chegam à metade, por isso é necessário encontrar a fórmula para distribuir este recurso por todo o Estado.
“Somos um dos poucos países sérios que não tem um plano que garanta água para todos nas mesmas condições. E isto não pode continuar assim, porque é necessário não só garantir o abastecimento de água a todos os cidadãos, mas também a nossa soberania alimentar“, lembrou. “Quando pressionamos um interruptor para acender uma luz em qualquer lugar de Espanha, ninguém questiona de onde vem esta energia, se é produzida no território ou não. Bem, a água deve ser exatamente igual porque todos os espanhóis têm o mesmo direito à água“, ele respondeu.
Por último, destacou a importância de avançar na regeneração das águas urbanas. “É uma das prioridades da Europa neste momento, mas Espanha está a regenerar apenas 9% da sua água urbana, enquanto a Região de Múrcia está a regenerar 98% da sua água urbana“, alertou.
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