Os viticultores da Terra Alta já iniciaram a vindima. Fizeram-no com variedades precoces, como a Grenache branca, emblema das vinícolas Teralta. Contudo, as previsões para este ano não são boas. Espera-se uma queda de 25% em relação a uma campanha em condições normais, principalmente devido à seca. Nas explorações não irrigadas, a queda na colheita pode chegar à metade.
A seca extrema que a região sofreu no último ano causou estragos no campo. Entre outubro do ano passado e este mês de agosto, a região registou uma precipitação aproximada de cerca de 255 litros em média, conforme detalha em nota o Conselho Regulador da Denominação de Origem. Em condições normais, a precipitação regista cerca de 500 litros por metro quadrado. Porém, do Conselho Regulador garantem que a seca não prejudicará a qualidade do vinho ”,isso será excelente“.
No início desta última semana, as vinícolas Teralta haviam colhido cerca de 770 mil quilos de uva. Assim, as estimativas indicam que a colheita deste ano será uma das mais baixas dos últimos tempos. Já no ano passado houve redução na colheita, com recorde final de 36 milhões de quilos. Este ano, as estimativas são de que mal chegará aos 30 milhões de quilos.
Terra Alta tem sido um dos concelhos mais afetados pela falta de precipitação, juntamente com Priorat. Do Sindicato dos Agricultores lamentaram que, além disso, os agricultores tenham tido que consumir mais água do que o habitual, especialmente nas parcelas com apoio à irrigação na Terra Alta, o que aumentou os custos de produção
O gestor da vinha Unió de Pagesos, Josep Marrugat, pediu que já fosse obrigado “uma nova linha de ajuda” para lidar com os danos causados pela seca em áreas onde foram colhidos menos de 8 mil litros por hectare. Ao mesmo tempo, o sindicato também exige que sejam implementadas novas ajudas estruturais para fazer face à seca persistente nos próximos anos. Uma linha possível, apontam, seria conseguir ampliar as infraestruturas de irrigação para apoiar a vinha com água regenerada.
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