Unió de Pagesos alerta que a colheita da uva deste ano pode cair até 40% em relação ao ano passado em toda a Catalunha devido à forte seca sofrida pelas vinhas, e pede ajuda ao Governo para fazer face às perdas derivadas desta situação e para o replantação de vinhas mortas.
Quase em meados de setembro e na metade da colheita, a variedade Macabeo já está sendo colhida em muitas regiões, e em outras, como a Conca de Barberà, está apenas começando.
Quanto à colheita da variedade parellada, não será tão má como se esperava graças às últimas chuvas da primeira semana de setembro. Já Macabeo sofrerá queda de 31% na produção em relação à safra anterior, e a de Xarelello também será bem menor.
Muitas vinhas de Penedès e Camp de Tarragona têm produções médias que podem variar entre 1.500 Kg-5.000 Kg/ha, muito inferiores mesmo às da campanha anterior. Na DO Terra Alta a situação também não é favorável, com produções de 1.500 Kg/ha em explorações de sequeiro, e de 5.000 Kg a 6.000 Kg/ha em explorações irrigadas. Em Priorat, em DO Montsant, espera-se uma colheita de 3.000 Kg-4.000 Kg/ha, 50% menos que um ano normal, e em DOQ Priorat, entre 500 e 1.500 kg/ha, embora em áreas de Porrera e Morera del Montsant a produção pode chegar a 3.500 Kg-4.000 Kg/ha.
Segundo os números do controle DO do Departamento, em comparação com a colheita de 9 de setembro do ano passado, que já era baixa, a Catalunha colheu atualmente 41% menos que no ano anterior. Na área DO Cava, 24,5% menos; no DO Penedès, 46% menos; na DO Terra Alta, 48,5% menos; no DO Empordà, menos 41,4%; no DO Pla de Bages, 73% menos; em DO Montsant, 53% menos; no DOQ Priorat, 68% menos, e no DO Costers del Segre, 85% menos.
Por outro lado, apesar do aumento dos preços de compra da uva que as adegas têm sido obrigadas a aplicar devido à falta de produção, o sindicato considera que ainda não são suficientes para a rentabilidade do sector, uma vez que a lavoura deverá obter um retorno de 4.500 euros/ha.
Outro dos problemas que as vinhas têm sofrido nesta vindima é a presença de larvas de míldio com o aumento das temperaturas a partir da segunda quinzena de Julho, o que acelerou o stress hídrico acumulado, bem como os persistentes ataques de mosquitos verdes. Tudo isso contribuiu para que a campanha fosse esparsa e com pouco teor alcoólico.
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