O dióxido de carbono (CO2) libertado durante a fermentação do vinho pode ser transformado em metano para outras utilizações na vinha. A transformação é feita através de um processo catalítico e o combustível resultante é utilizado nas máquinas da adega ou no processo de destilação. A planta piloto será testada em Viñas del Vero, a vinícola Somontano colaboradora do projeto, juntamente com o centro tecnológico CIRCE em Saragoça. O sistema foi idealizado pelo grupo META (Engenharia de Materiais e suas Aplicações), do departamento de Engenharia Química da URV. Faz parte do projeto europeu ‘Fuelforia‘, para obter combustíveis renováveis ”através do estabelecimento de cadeias de valor sustentáveis“.
O professor da URV e coordenador do projeto, Francesc Medina, explica que o CIRCE é responsável pela primeira etapa, o processo de captura do CO2 produzido durante a fermentação. Nas instalações da vinha Vero é produzido hidrogénio verde para que, ao reagir com o dióxido de carbono, através de um processo catalítico, seja obtido o metano. O grupo de pesquisa da URV está trabalhando na planta piloto de produção de metano que será instalada na vinícola Somontano, tentando fazer o catalisador “seja o mais eficiente possível“.
O projeto ‘Fuelforia‘ e os diferentes grupos de investigação envolvidos procuram produzir diferentes tipos de combustíveis renováveis (metano, metanol, biodiesel ou querosene, entre outros) a partir de diferentes matérias-primas e diferentes processos, tanto químicos como biológicos. Cada projeto deverá desenhar sua planta piloto e produzir um relatório final descrevendo os processos e recomendações para ajudar a resolver os problemas técnicos relacionados à conversão de matérias-primas em combustíveis renováveis. Irão também propor a entrada destes combustíveis no mercado, concebendo “modelos de negócios inovadores“.
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